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Ministro Raul Araújo presta homenagem ao colega Napoleão Nunes Maia Filho

​Na penúltima sessão de julgamentos da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) com a participação do ministro Napoleão Nunes Maia Filho, o ministro Raul Araújo prestou homenagem ao colega que se aposenta neste mês.

Cearense como o ministro que se despede, Raul Araújo disse que é o momento de “abraçar e render todas as merecidas homenagens, às quais faz jus, a um dos mais notáveis juristas que já integraram este tribunal, face à proximidade do encerramento de sua cintilante jornada na corte”.

Raul Araújo lembrou aos colegas que foi aluno de Napoleão, e que tê-lo como professor deixou marcas fortes em sua carreira.

“Registro que fui seu aluno tanto na graduação como no curso de mestrado em direito da Universidade Federal do Ceará, recebendo desse mestre particulares e importantes influências, marcantes em minha vida profissional”, relatou.

Ele destacou que, naquela época, fez “apreciada leitura” de um dos primeiros livros do ministro Napoleão, Herança Liberal e Tentação Tecnocrática, publicado em 1982. “Sob os influxos de suas lições, logo depois passei a lecionar direito econômico, na graduação do curso de direito da Universidade de Fortaleza”, comentou Raul Araújo.

Carreira brilh​​​ante

Após destacar diversos momentos da carreira do ministro Napoleão – desde a formação, em 1971, até as suas incursões na arte e na literatura –, Raul Araújo rememorou a passagem do colega cearense por diversas atividades jurídicas –  na advocacia, na Justiça Eleitoral, na Justiça do Ceará e na magistratura federal –, até chegar ao STJ.

“A despedida acontece após mais de 13 anos de destacada e marcante atuação como juiz do Tribunal da Cidadania, integrando a Corte Especial, tendo presidido a Primeira e a Quinta Turmas, compondo a Primeira e a Terceira Seções. Foi também ministro efetivo do Tribunal Superior Eleitoral, exercendo o cargo de corregedor-geral eleitoral”, afirmou.

Raul Araújo citou a jovem escritora alemã Anne Frank, vítima do Holocausto, para se referir ao carinho e ao reconhecimento que tem pelo colega magistrado nessa despedida: “Lembro de uma frase muito sábia de um dos mais extraordinários e admiráveis seres humanos, um dos ícones do Século XX, a pequena-grande Anne Frank, ao registrar: ‘Os abraços foram feitos para expressar o que as palavras deixam a desejar'”.

Na sessão da Corte Especial desta sexta-feira (18), com início às 9h, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho será homenageado pelo presidente do tribunal, ministro Humberto Martins, e pelos demais colegas do colegiado.